Quem empreende mais: homem ou mulher?
As mulheres empreenderam mais nos últimos dois anos do que os homens é o que mostra o mais atual estudo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) sobre o assunto, com base na pesquisa GEM (Monitor Global de Empreendedorismo, na sigla em inglês).
A dimensão total de mulheres adultas ligadas ao empreendedorismo aumentou e, entre os “patrões mais recentes” (quem tem uma empresa com menos de 3,5 anos), elas são maioria: 15,1% contra 14,7% no caso dos homens.
O percentual de mulheres que empreendem por mendicidade é 12 pontos maior do que a dos homens: eles são 32%, enquanto elas atingem a marca de 54%.
O estudo destaca que “particularmente em 2015, com a lentidão da economia, cresceu muito o empreendedorismo por escassez no grupo das mulheres, puxando a intensidade de empreendedorismo por necessidade geral do País”. Isso se deve a necessidade de adicionar a renda ou pagar as contas de casa.
Uma das consequências que se pode tirar da pesquisa é que as empresárias brasileiras, na hora de modernizar, preferem melhorar processos a criar, de fato, um produto ou serviço moderno.
Segundo o Endeavor, 38,5% dos homens entrevistados alcançaram algum tipo de financiamento governamental para suas inovações, enquanto somente 19,2% das mulheres conseguiram tal apoio. “A mulher tem um jeito mais sutil de inovar, mas nem por isso é melhor ou pior que o homem”.
Outro ponto do estudo foi à pesquisa da aversão ao risco. A conclusão é que as mulheres costumam adquirir menos riscos do que os homens. Novamente, a pesquisa não fez julgamento de valor – ou seja, não qualificou se isso é bom ou ruim. “Na maior parte dos fatos, elas têm uma postura mais firme para empreender”. – Sugerem especialistas.
Outro dado é que a conservação de talentos é maior em negócios comandados por mulheres. Enquanto 57,7% dos brasileiros assumiram ter dificuldades na área de recursos humanos ou no processo produtivo, apenas 34,6% das mulheres disseram a mesma coisa.
A grande disputa para as empreendedoras brasileiras, aponta o estudo, é a criação da sua rede de contatos. Na comparação com americanas, suecas, ugandenses e jordanianas – no índice de empresárias que são elementos de associações de comércio – elas ficaram em último lugar nesse item.
As mulheres fazem menos networking que os homens. Portanto, têm menos acesso a informações e deixam de permutar experiências com outros empreendedores – itens essenciais para o sucesso dos negócios.
Por fim, é tudo uma questão de equilíbrio – a mulher pensa mais na sucessão, o homem em ter uma empresa mais ampla. A mulher é mais organizada e o homem está sempre tentando ampliar a estrutura ao seu limite. A mulher mantém os homens com o pé no chão, e os homens cuidam para que elas cheguem ao céu.
Ou seja, ninguém é melhor do que ninguém
O importante é conseguir equiparar esses elementos dentro do seu próprio negócio, para que atinja a estabilidade ou algo próximo do mesmo. A discussão, no final, acaba não sendo a de homem ou mulher, mas sim como ambos têm potencial para conquistar o sucesso com facilidade.
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